Incontinência urinária: tratamento médico faz toda a diferença
A incontinência urinária, caracterizada pela perda involuntária de urina, é um problema comum e muitas vezes constrangedor. A gravidade varia: em alguns casos, a pessoa não consegue segurar a urina ao fazer esforços como tossir ou espirrar, em outros casos, a vontade de urinar é tão súbita e forte que não dá tempo de chegar a um banheiro.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge cerca de 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino e nos idosos. Felizmente, é tratável e a busca por um especialista faz toda a diferença na qualidade de vida da pessoa.
Mas, afinal, quais são os fatores de risco da incontinência urinária? O urologista da equipe do Seconci-Rio, Marcelo Medeiros do Nascimento, explica que os fatores de risco são diferentes para homens e mulheres, mas que, no geral, a obesidade, doenças neurológicas, diabetes, a baixa de estrogênio, cirurgias urológica e infecção urinárias são gatilhos para a incontinência urinária.
Ao todo, há cinco tipos de incontinência urinária:
– De esforço
Quando a pessoa não tem força muscular pélvica suficiente para reter a urina e a perda acontece ao espirrar, tossir, rir, levantar algo, subir escadas, fazer atividades físicas, mudar de posição ou fazer algo que põe a bexiga sob pressão ou estresse.
– De urgência
Acontece quando o desejo de urinar é tão forte que a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo. A síndrome da bexiga hiperativa é a principal causa da incontinência de urgência.
– Por transbordamento
Ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos. Também pode acontecer de a bexiga não se esvaziar por completo, o que leva ao gotejamento.
– Funcional
Ocorre quando a pessoa reconhece a necessidade de urinar, mas está impossibilitada de ir ao banheiro devido a alguma doença ou complicação que a impede de chegar ao banheiro por conta própria.
– Mista
Em alguns casos, os sintomas de incontinência urinária podem se misturar, criando a incontinência mista.
Segundo Medeiros, o diagnóstico é basicamente clínico, complementado com métodos de imagem, exames laboratoriais e urodinâmica, e o tratamento vai depender da causa da incontinência urinária, podendo variar do uso de antibióticos até cirurgia, passando por técnicas comportamentais e terapias de intervenção, de acordo com a gravidade do problema, podendo ser necessária uma combinação de tratamentos.
Buscando ajuda médica
Você pode não se sentir à vontade em discutir incontinência urinária em uma consulta médica, mas se o problema é frequente ou está afetando sua qualidade de vida, é importante buscar ajuda, pois a incontinência urinária pode indicar uma condição subjacente mais grave ou restringir suas atividades.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
E fique ciente que o médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Quando os sintomas começaram, e quão grave são eles?
- Os sintomas são contínuos ou ocasionais?
- O que, se alguma coisa, parece melhorar ou piorar os sintomas?
- Quantas vezes é necessário urinar ao dia?
- Com que frequência há vazamento de urina?
- Há dificuldade para esvaziar a bexiga?
- Você já notou sangue na urina?
- Você fuma?
- Quantas vezes você ingere álcool e bebidas com cafeína?
- Quantas vezes você come alimentos picantes, açucarados ou ácidas?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.
No Seconci-Rio, as consultas com o urologista são realizadas apenas com marcação prévia, que pode ser realizada pelo trabalhador ou pela empresa, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone (21) 2101-2555 ou (21) 3550-4590.
Da redação, com informações do blog Minha Vida.