Novembro azul: quando o cuidado deve superar o tabu
Novembro é o mês de conscientização sobre os cuidados com a saúde do homem. O mês, representado pela cor azul, tem como foco os cuidados relacionados à prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o segundo mais comum entre os homens no Brasil.
Para além das questões relevantes à saúde, a campanha também busca desmistificar algumas ideias relacionadas ao exame de detecção da doença, já que este é alvo de preconceitos que podem ser prejudiciais para toda a sociedade.
O médico Daniel Pinheiro Ferreira, do Grupo Hapvida Notredame Intermédica, alerta sobre a importância de se fazer o diagnóstico do câncer de próstata nas fases iniciais. “90% dos casos podem ser curados, se diagnosticados precocemente, por isso a necessidade do rastreamento na população masculina”.
Mas um dos tabus da masculinidade, relacionado ao exame de toque que consegue detectar o câncer em estágios iniciais, ainda é uma barreira.
“O preconceito já diminuiu bastante, porém ainda existe uma parcela da população que não aceita fazer o exame. Segundo o INCA, anualmente, são diagnosticados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata. Então, deixando o preconceito de lado e fazendo o exame, 90% desses casos podem ser curados”, destaca Ferreira.
Por se tratar de uma doença na maioria das vezes assintomática, o especialista alerta que, “quando há alguma manifestação, significa que ela já está numa fase mais avançada”. Portanto, a rotina de cuidados com a saúde, que inclui visita regular ao médico e a realização anual do exame de toque ou o de dosagem do PSA, aliada a hábitos de vida saudável, com realização de atividade física e alimentação balanceada, devem ser seguidas continuamente.
Alguns indivíduos, de acordo com a idade e características físicas ou genéticas, estão mais propensos ao diagnóstico positivo dessa doença. Com o objetivo de prevenir, o urologista alerta quais são os grupos que merecem uma atenção especial.
“A recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia é que os homens a partir de 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado para avaliação. Os homens que integrarem o grupo de risco (que possuem parentes de primeiro grau com câncer de próstata), devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos”.
Fonte: G1