Trabalho a céu aberto no canteiro de obras: riscos e prevenção
Durante o dia a dia nos canteiros de obra é comum que os trabalhadores fiquem expostos a riscos ocupacionais como, por exemplo, insolação e exposição ao calor, frio, umidade e ventos inconvenientes. Para prevenir os danos relacionados à esta exposição e garantir um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, é necessário dar atenção à NR 21, que trata justamente sobre o trabalho a céu aberto.
Isso significa dar máxima atenção a estes riscos, com a adoção de medidas que protejam os trabalhadores, assim como promover um clima organizacional propício às mudanças e melhorias relacionadas com a cultura de segurança.
Riscos do trabalho a céu aberto
Os riscos que o trabalho a céu aberto fornece incluem a dermatite solar, gripe, câncer de pele e outros. Cabe aos profissionais de SST ficarem atentos aos sinais, principalmente:
- Insolação;
- Desidratação;
- Cataratas;
- Queimaduras;
- Manchas na pele;
Os trabalhadores que desempenham suas funções a céu aberto também ficam à mercê do clima e podem passar por situações adversas como:
- Extremos de temperatura, como clima muito frio ou muito calor;
- Volume elevado de chuva;
- Exposição a ventos fortes;
- Risco de incidência de raios;
- Exposição à poeira;
- Exposição excessiva ao sol.
Todos esses riscos prejudicam a qualidade de vida do trabalhador, por isso a importância da NR 21 neste segmento.
Protegendo os trabalhadores
Os principais meios de proteção dos trabalhadores para este caso são o uso adequado de EPI’s e a construção dos abrigos e alojamentos.
Os EPI’s necessários para a prevenção são:
- Vestimentas adequadas: Roupas confeccionadas em tecidos leves, camisetas de manga longa e calças para cobrir a maior parte do corpo, para evitar o contato direto da pele com o sol;
- Óculos de proteção: Com lentes que devem ser capazes de proteger contra os raios UV;
- Capacete: Obrigatório em todos os canteiros de obra, porém, se for no caso de trabalho a céu aberto, deve possuir revestimento que não acumule calor, evitando o aquecimento da cabeça.
A proteção corporal demanda uma análise detalhada dos riscos do ambiente de trabalho e do perfil dos trabalhadores, com o fornecimento do EPI adequado à atividade desenvolvida. Também é preciso fornecer, gratuitamente, protetor solar e orientar a aplicação a cada três horas, assim como programar intervalos para hidratação e descanso. Se possível, dar preferência para que as atividades sejam executadas em horários de menor incidência solar.
Fora os equipamentos de proteção, as áreas de vivência também são enquadradas como forma de proteção aos trabalhadores e devem ser implantadas de modo a atender às necessidades básicas pessoais de todos, contendo banheiros, vestiário, refeitório, alojamento, ambulatório médico, área de entretenimento e cozinha.
A prevenção dos riscos que o trabalho a céu aberto fornece é mais uma das práticas cruciais para a manutenção da saúde do trabalhador da construção civil. Por se tratarem de riscos que acarretam em problemas a longo prazo e não tão visíveis, o monitoramento das ações deve ser constante e não deve, em hipótese alguma, ser negligenciado pelo empregador.
Com informações do portal On Safety